Com faturamento de R$ 36 milhões, negócio triplicou em um ano com aumento de busca por receber o documento
Você já ouviu aquele ditado: “quem tem um parente italiano no Brasil, tem meio caminho para um passaporte europeu”?
Em 2024, esse ditado ganhou uma nova urgência. Com mudanças na legislação previstas para breve, descendentes de italianos estão correndo para garantir sua cidadania antes que o processo fique mais complicado – e caro.
A corrida pela cidadania italiana
Para os brasileiros com raízes italianas, a cidadania não é apenas um documento. É um passaporte para estudar, trabalhar e viver na União Europeia. Recentemente, a busca pela cidadania italiana disparou – aumentou 400% entre agosto e outubro de 2024.
As razões para essa corrida? Propostas legislativas que podem restringir o direito à cidadania a até três gerações de parentesco e exigir, por exemplo, fluência no idioma italiano. As mudanças podem entrar em vigor já em 2025.
“Estamos vendo uma explosão na procura. É um tsunami. Quem deixar para depois pode perder o direito”, explica Nátali.
Enquanto o sistema italiano enfrenta sobrecarga e a possibilidade de novas regras, empresas especializadas, como a Avanti Cidadania, ganham relevância no mercado, ajudando ítalo-descendentes a navegar pela burocracia.
O setor em alta – mas cheio de desafios
A cidadania italiana virou um grande negócio no Brasil. Hoje, o mercado movimenta cerca de 500 milhões de reais por ano. Mas o setor não está imune a problemas. A burocracia italiana é famosa pela lentidão, e as fraudes nos processos aumentaram as restrições.
Além disso, a Itália enfrenta pressão política e econômica para limitar os direitos de descendentes no exterior. A legislação atual permite que gerações distantes reivindiquem a cidadania, algo incomum em outros países europeus.
Créditos: Exame